domingo, 31 de julho de 2011

TRISTE JANEIRO

Meu mundo inteiro desabou
Quando você fechou a porta e disse vai
Tentei entender como tudo acabou
Sobre mim belas estrelas de um triste janeiro

Durante muito tempo eu chorei
Curando uma ferida que aos poucos cicatrizava
Durante muito tempo eu procurei
A paz de longa data que eu esperava

Por quanto tempo vou me torturar
Tentando entender
Meus dias têm se passado em vão
Preciso esquecer, tenho que esquecer

Hoje cedo eu acordei
E decidi não mais chorar
As lágrimas de um triste amor
Que eu sei, não irá mais voltar

Confesso que até pensei
Em tentar te encontrar
Mas a dor dentro do peito
Disse pra deixar pra lá

E quanto tempo eu ainda vou passar
Esperando por você
Para acalmar meu coração
Preciso te entender, tenho que entender.

domingo, 24 de julho de 2011

LIKE A KINDERGARTEN

Sinceramente não sei por onde começar o texto de hoje. São muitas lembranças, nuances, gestos, expressões, palavras canalizadas em um único ponto que me fazem perder um pouco da métrica de redigir minhas linhas.
 É como imagino que deva ser a sensação de ganhar sozinho na loteria, só pode ser isso que me leva a escrever esta noite. Nunca fui muito otimista, realista talvez. Vivi belos momentos, fases ruins. Perdi pessoas importantes, conheci outras que não deveria. Estive e deixei lugares que tive saudades. Senti paixões mesmo sem saber se despertei alguma. Escrevi palavras vazias e outras cheias de sentimentos.
 Não acredito em recompensas, destino, premonições ou qualquer coisa do tipo. Vou vivendo um dia de cada vez sem muitos planos, tentando tirar o melhor de cada um deles com a convicção de que preciso apenas acordar para continuar vivendo.
 Porém a esta altura onde nem de longe sonhava em ainda me surpreender com algo ou alguém, surge uma grata surpresa, daquelas que faz a gente se sentir como se tivesse recebido o universo todo de presente. Coisas que só imaginamos serem possíveis nos nossos filmes preferidos ou nas letras de nossas canções favoritas. Acontecimentos antes somente imaginados pelos nossos autores de cabeceira. De repente nos damos conta que está acontecendo conosco e dentro de nossas cabeças nos questionamos se merecemos tamanho regalo da vida.
 Horas que passam em segundos, sorrisos que se tornam mais belos que qualquer obra de arte, bobagens que soam como sonetos e olhares dizem mais que qualquer discurso. Os piores problemas se tornam insignificantes, preocupações não superam a vontade e até mesmo problemas salutares momentaneamente são sanados.
 Não sei como denominar essa sensação, não consigo chegar a um nome, pois a mistura de sentimentos bons é muito grande. Prazer, admiração, carinho, atração e até mesmo devoção fazem de tudo isso quase uma patologia que ao invés de fazer mal, te devolve a vida que havia se perdido. Uma doença que não te machuca e sim te acalenta quando você acha que jamais será abraçado de novo. Um vírus que não te suga, mas que te fortalece e te faz pensar que é invencível. Uma loucura que não te rouba os sentidos, mas te faz pensar que ainda pode se tornar o que sempre sonhou.
 Chega simples com uma brisa e logo se torna um tornado de belas lembranças de onde não se quer jamais sair. Um nome de apenas três letras capaz de aos meus ouvidos se compararem a uma perfeita sinfonia.
 Continuo com as minhas convicções, vivendo um dia de cada vez e não precisando de nada além das minhas forças, mas não posso negar que daqui pra frente mesmo que não seja uma necessidade, é uma vontade quase incontrolável de ser brindado com essa presença. Uma presença que pode permanecer calada e imóvel, mas que pelo simples fato de estar lá já me faz acreditar que vale apena continuar. Até porque foi assim, sem muito alarde, que esse mesmo pássaro da cor da noite me resgatou quando eu estava prestes a desistir.

terça-feira, 12 de julho de 2011

13 DE JULHO

 Poucos sabem como começou e na realidade não se sabe ao certo. Anos 40, 50 ou 60. Tanto faz. Isso não importa agora.  O que importa que ainda continua muito vivo apesar de ter sua morte anunciada várias e várias vezes ao longo dos séculos.
 Vários sentimentos vêm à tona quando temos contato com ele. Rebeldia, amor, paixão, revolta, tristeza, felicidade e mais um turbilhão de emoções são provocados a todo o momento quando ele está presente. Ele tem o dom de tocar a alma e transformar para sempre a vida de quem o conhece. Poucas vezes foi traído e quando isso aconteceu, foi por pessoas que não mereciam sequer terem tomado conhecimento de sua existência.
 Ele já foi o maioral, hoje em dia é démodé. Já foi o terror das famílias de bem e continua o sendo. Ele já foi responsável por várias histórias de amor, atualmente participa só das mais interessantes.
 E o porquê dele ser assim? Tão apaixonante, intenso, capaz de proporcionar uma infinita gama de sensações aos que tem a sorte de lhe serem íntimos? Só experimentando para saber. É tão inexplicável quanto prazeroso, afinal suas múltiplas facetas encantam logo de cara e te dão a convicção que durará eternamente.
 Nenhum outro jamais fará frente a ele, nem de perto conseguirá repetir seus feitos. Ele é mais velho, mais experiente, mais sedutor e mais verdadeiro que qualquer outro. Ele forma opiniões, dita tendência, faz os que o seguem acreditarem que podem ser o que quiserem. Ele pode ser simples, complexo, rude, apaixonado, agressivo ou suave. É isso que o torna único e faz seus fiéis amantes serem o que ele quiser até o fim da vida.
 Isso é o Rock N’ Roll, o som que muitos desafortunados pensam estar ultrapassado. Nós somos rockers e não estamos nem um pouco preocupados com isso, por que sabemos que será infinito independente de qualquer coisa. Somos capazes de transcender o mais longínquo limite para continuarmos com ele, sempre com a certeza de que enquanto existir um garoto tentando dedilhar uma guitarra e sonhando em ser John, Paul, Keith, Clapton, Iggy, Randy ou qualquer outro, tudo continuará bem. Feliz 13 de julho a todos nós que somos movidos a liberdade, embalados a riffs e entorpecidos por Rock.