quarta-feira, 6 de abril de 2011

ÁS VEZES EU ESCREVO


Sim, ás vezes eu escrevo, mesmo sem motivo, mesmo sem nada de especial, mesmo sem algo ter acontecido. Isso acontece naturalmente, as palavras surgem com aquela ânsia de sair da minha mente e ganhar vida em textos muitas vezes desconexos e sem sentido.

Ás vezes eu me pergunto o porquê disso e sinceramente não sei a resposta. Não sei nem se tenho talento para a literatura e no fundo me acho um autodidata metido à cronista, porém é mais forte que qualquer autocrítica, eu simplesmente escrevo.

Não tenho a ambição de que minhas palavras façam sentido para alguém, porque nem eu as entendo na maioria das vezes, mas isso não é barreira porque mesmo assim eu ainda escrevo.

As pessoas fazem diversas coisas para expressarem o que sentem, dançam, cantam, choram, gritam e eu escrevo. Outras pintam, compõem, declaram seu amor, se martirizam e eu apenas escrevo.

Mesmo palavras vazias ou frases simples saciam essa vontade, que parece ser maior nas próprias palavras do que em mim, o que me faz perguntar: quem é o autor de quem?

Perguntas sem resposta, sentimentos ocultos, rabiscos inexpressivos embalados em canções tão obscuras quanto a minha própria inspiração, mas o que me consola é que mesmo com tudo isso, ás vezes eu escrevo.

Peter Jaques

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